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Termômetro de tonalidade: uma observação interessante…

Você conhece o chamado “termômetro de tom”? Nome legal, certo? Não se assuste, os músicos chamam o termômetro tonal de um esquema interessante, semelhante ao esquema de um quarto-quinto círculo.

A essência deste esquema é que cada tecla ocupa uma determinada marca na escala, dependendo do número de caracteres-chave nela contidos. Por exemplo, em Sol maior há um sustenido, em Ré maior há dois, em Lá maior há três, etc. Conseqüentemente, quanto mais sustenidos houver em uma tonalidade, mais “quente” será sua “temperatura”, e mais maior a posição que ocupa na escala do “termômetro”.

Mas as tonalidades bemol são comparadas com “temperatura negativa”, então no caso dos bemóis o oposto é verdadeiro: quanto mais bemóis em uma tonalidade, mais “fria” ela é e mais baixa é sua posição na escala do termômetro tonal.

Termômetro de tonalidade – engraçado e visual!

Como pode ser visto no diagrama, as tonalidades com o maior número de sinais de tonalidade são Dó sustenido maior com seu Lá sustenido menor paralelo e Dó bemol maior com seu Lá bemol menor paralelo. Eles têm sete sustenidos e sete bemóis. No termômetro, eles ocupam posições extremas na escala: Dó sustenido maior é a tonalidade “mais quente” e Dó bemol maior é a “mais fria”.

Tons em que não há sinais de tonalidade – e estes são Dó maior e Lá menor – estão associados a um indicador zero na escala do termômetro: eles têm zero sustenidos e zero bemóis.

Para todas as outras chaves, olhando nosso termômetro, você pode definir facilmente o número de sinais na chave. Além disso, quanto mais alta a tonalidade estiver na escala, mais “quente” e “mais nítida” ela será e, inversamente, quanto mais baixa a tonalidade estiver na escala, mais “fria” e “plana” ela será.

Para maior clareza, decidi colorir a escala do termômetro. Todas as tonalidades sustenidas são colocadas em círculos de tonalidade avermelhada: quanto mais marcas na tonalidade, mais rica é a cor – do rosado sutil ao cereja escuro. Todas as teclas bemol estão em círculos com uma tonalidade azul: quanto mais planas, mais escuro se torna o tom de azul – do azul claro ao azul escuro.

No centro, como você deve ter adivinhado, há um círculo em turquesa para escalas neutras – Dó maior e Lá menor – tonalidades nas quais não há sinais na tonalidade.

Aplicação prática do termômetro de tonalidade.

Por que você precisa de um termômetro tonal? Bem, na forma como apresentei a você, ele pode se tornar uma pequena folha de dicas conveniente para orientação nos principais sinais e um diagrama visual que o ajudará a aprender e lembrar todos esses tons.

Mas o verdadeiro propósito do termômetro, na verdade, está em outro lugar! Ele foi projetado para calcular facilmente a diferença no número de caracteres principais de dois tons diferentes. Por exemplo, entre Si maior e Sol maior há uma diferença de quatro sustenidos. Lá maior também difere de Fá maior em quatro sinais. Mas como pode ser isso??? Afinal, Lá maior tem três sustenidos e Fá maior tem apenas um bemol, de onde vieram essas quatro marcas?

A resposta a esta pergunta é dada pelo nosso termómetro de tonalidade: Um maior está na parte “mais” da escala entre tons sustenidos, até “zero” Dó maior – apenas três dígitos; Fá maior ocupa a primeira divisão da escala “menos”, ou seja, está entre as tonalidades bemol, de dó maior até ele há um bemol; 3+1=4 – é simples…

É curioso que a diferença entre as tonalidades mais distantes do termômetro (dó sustenido maior e dó bemol maior) chega a 14 caracteres: 7 sustenidos + 7 bemóis.

Como encontrar os principais sinais da mesma tonalidade usando um termômetro de tonalidade?

Esta é a observação interessante prometida sobre este termômetro. O fato é que as chaves com o mesmo nome diferem em três sinais. Deixe-me lembrar que tonalidades com o mesmo nome são aquelas que têm a mesma tônica, mas a inclinação modal oposta (bem, por exemplo, Fá maior e Fá menor, ou Mi maior e Mi menor, etc.).

Assim, no menor de mesmo nome há sempre três sinais a menos em relação ao maior de mesmo nome. No maior do mesmo nome, em comparação com o menor do mesmo nome, pelo contrário, existem mais três sinais.

Por exemplo, se soubermos quantos sinais existem em Ré maior (e tem dois sustenidos – F e Dó), então poderemos calcular facilmente os sinais em Ré menor. Para fazer isso, descemos três divisões do termômetro e obtemos um bemol (bem, como há um bemol, então certamente será B bemol). Assim!

Um breve posfácio…

Para ser sincero, nunca usei um termômetro de tonalidade, embora saiba da existência de tal esquema há 7 a 8 anos. E então, há poucos dias, fiquei novamente muito interessado neste mesmo termômetro. O interesse pelo assunto foi despertado em relação a uma pergunta que um dos leitores me enviou por e-mail. Pelo que lhe agradeço muito!

Queria dizer também que o termômetro de tonalidade tem um “inventor”, ou seja, um autor. Eu simplesmente não conseguia lembrar o nome dele ainda. Assim que eu encontrar, com certeza te aviso! Todos! Tchau!

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